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Para se tornar um estrategista você necessita primeiramente preparar o seu mindset (mente configurada, ou configuração da mente). Isso mesmo! Programar corretamente a forma de pensar. Entender como uma coisa leva a outra. Aprender a lidar com as ferramentas básicas e os modelos de estratégia. Prestar atenção ao lugar onde você se encontra, no que está acontecendo ao seu redor e como você pode criar oportunidades para chegar onde quer.
Você, provavelmente, já fez alguma ação no passado que lhe ajudou a conquistar algo hoje ou para tentar algo melhor no futuro. Agora, o que muita gente não sabe é que esse esforço exige uma combinação de raciocínio, planejamento e reação às situações que surgem no seu caminho. Essa combinação pode ser aprendida, inicialmente, através de perguntas-chave de estratégia, que abordarei a seguir.
Quando falamos de mercado, negócios e estratégia, os estrategistas pensam, primeiramente, em três questões principais:
- Aonde quero chegar (situação desejada)?
- Onde estou (situação atual)?
- Como chegarei lá (estratégia)?
No artigo de hoje falo sobre como fazer as perguntas certas para iniciar o processo de formulação da estratégia e o melhor: Você poderá utilizar essas perguntas em qualquer área da sua vida.
Se o assunto interessa a você, continue lendo para saber mais.
#1 Aonde quero chegar (situação desejada)?
Responder este questionamento parece simples, mas não é! Requer ousadia, força de vontade e criatividade.
E o maior desafio é sem dúvida: sair da zona de conforto (o limite da nossa experiência atual) e buscar a zona de aprendizagem.
A zona de conforto pode ser representada por barreiras psicológicas que nos impedem de encarar desafios e melhorar nosso desempenho.
Neste ponto, boas perguntas podem fazer você refletir e buscar novas possibilidades. Por exemplo: Se você pudesse ter ou fazer qualquer coisa que quisesse, o que você teria? O que você faria?
Quanto mais “tangíveis” forem essas suas respostas e escolhas, melhor.
Por isso, antes de partir para qualquer ação, é importante pensar sempre em identificar a “coisa” certa a fazer. Estou falando da direção que quero seguir, no objetivo que gostaria de alcançar e/ou na posição que pretendo consolidar.
Existe uma passagem no clássico desenho “Alice no País das Maravilhas” em que a Alice está caminhando pela floresta quando surge uma encruzilhada com inúmeros caminhos. São várias placas de orientação que indicam caminhos diferentes e uma menina indecisa sem saber muito bem qual caminho seguir.
Eis que surge o gato misterioso, debochado e irônico que pergunta a Alice se pode ajudá-la. Então eles têm o seguinte diálogo:
Afinal, se você não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve. Concorda?
“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.” ~ Sêneca
Agora, perceba que ao identificar a sua situação desejada, de alguma forma você estará projetando um cenário futuro e como tal, cheio de incertezas e de possibilidades diferentes.
Só que não basta apenas identificar a “coisa” certa a fazer, mas também saber como fazer certa esta “coisa”. Ou seja, precisamos saber a direção que iremos seguir e como trilhar este caminho da melhor forma.
#2 Onde Estamos (situação atual)?
Por isso é importante saber exatamente onde estamos, para definir as lacunas e todas as ações necessárias para sair de um lugar (atual) e alcançar os resultados em um futuro desejável.
Você percebeu como esse artigo destaca a importância das perguntas-chave?
Perguntas são uma ótima forma de estimular nossos pensamentos e despertar a curiosidade.
Pois bem, convido você para responder essas perguntas:
- Aonde quero chegar (situação desejada)?
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- Onde estou (situação atual)?
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Se você chegou até aqui, acredito que deseja se aprofundar mais sobre o assunto. Então vamos lá! Vamos facilitar: Podemos utilizar uma técnica para aprofundar e organizar estas informações.
A(s) resposta(s) sobre aonde você quer chegar podemos chamá-las de objetivos. Por se tratar de algo associado à uma situação futura podemos considerar que estes objetivos serão alcançados em um cenário futuro, que por sua vez possuem incertezas que precisaremos analisar.
O cenário futuro está cheio de oportunidades e ameaças que devem ser considerados. Estamos falando de fatores não controláveis e que podem favorecer e/ou ameaçar os resultados desejados.
Do outro lado, quanto ao questionamento sobre onde estamos, podemos levantar as forças e fraquezas relacionadas a nossa situação atual, ou seja, o fatores controláveis, mas que podem alavancar ou dificultar os resultados. E todas essas informações podem ser organizadas na matriz de SWOT (um acrônimo das palavras strenghts, weaknesses, opportunities e threats que significam respectivamente: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças).
#3 Como chegarei lá (estratégia)?
Com todas as informações levantadas (onde estou? Aonde quero chegar?) é possível definir como chegarei lá. Mas como posso fazer isso?
Existem vários métodos e hoje iniciarei com um modelo mais simples e muito poderoso para quem levar a sério:
- Escolha uma área importante da sua vida (carreira, relacionamento, minha saúde, meus negócios etc.) e nela o objetivo (situação desejada). Essa descrição pode ser uma ou duas frases e no máximo uma página. Se possível acrescente imagens ou alguma representação gráfica (isso “tangibiliza” seu sonho);
- Crie uma página de metas para cada situação desejada. Para isso escreva no topo da página o seu objetivo. Depois faça uma lista de metas que precisam ser alcançadas para realizar tal objetivo;
- Crie uma página para cada meta e detalhe todos o passos necessários para que essa meta seja atingida. Descreva as atividades e prazos a serem realizados. Se algum passo estiver complexo, você pode detalhar mais.
- Junte todos os prazos especificados em forma de um cronograma e monitore seus resultados.
Com a aplicação das ações discutidas neste artigo você dará os primeiros passos para pensar como os estrategistas.
Lembre-se: A estratégia pode moldar o seu futuro. Mas pense antes de planejar!
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Tem algo neste artigo que você não conhecia ou sabe de alguma técnica que usou e gerou resultado? Escreva nos comentários. Vamos adorar saber!
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“Mas pense antes de planejar!”
Me corrija se eu estiver errado, mas o ato de planejar já seria a organização dos pensamentos que serão transformados em ação? Logo uma parte desse todo chamado planejamento.
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Olá Elton, Fico feliz que esteja acompanhando nossas publicações. Quanto à sua colocação, entendo que o planejamento visa organizar a realização do que se pensou (é a parte prática do esforço de uma organização: surgem as análises, são feitas as escolhas, listam-se tarefas, diagramas, check-lists, plano de ação etc.). Defendo separar estes momentos (pensar e planejar), pois o momento do “pensar estratégico” é para “criar escolhas”, visualizar o futuro, deixar o pensamento e a criatividade fluir. Se você começar com planejamento antes de pensar, pode acabar com a solução errada para o problema certo. Ou a solução menos imaginativa para um problema realmente importante. Isso não quer dizer que ao realizarmos um planejamento, não estaremos pensando, pelo contrário, pensamos muito, muito mesmo, mas para convergência e alinhamento das ações por meio de métodos (fazendo escolhas e organizando em um plano para ser executado). Por isso, acredito ser importante assegurarmos o momento para o “pensar estratégico” (imaginativo) e aberto que aconteça antes do esforço para o planejamento. Misturar tudo termina gerando o tal do “fazerjamento”, problema muito comum na maioria das empresas. Assim, procuro sempre equilibrar o pensar, o planejar e o fazer. Espero ter contribuído. Forte Abraço!