O Mito da Competição Autodestrutiva

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Quando falamos de competição visualizamos logo uma disputa por algo. Mas isso é bastante normal pois compreendemos, inicialmente, esse conceito sob a dimensão ecológica (como uma analogia à natureza), onde a competição é tida como a interação de indivíduos da mesma espécie ou espécies diferentes (humana, animal ou vegetal) que disputam algo. Esta disputa pode ser pelo alimento, pelo território, pela luminosidade, pelo emprego, pela fêmea, pelo macho, etc.. Contudo, ao ser traduzido para mundo dos negócios, o conceito de competição constituiu um mito autodestrutivo.

Deixa eu te explicar melhor.

A competição para os estudiosos da área da estratégia está relacionada a busca pela criação de valor único e não a derrota dos rivais de mercado. A prescrição de Porter é: almeje ser inigualável, e não o melhor. Tornar a concorrência irrelevante, criando valor único é o verdadeiro cerne da competição.

Em um primeiro instante isso soa um pouco estranho, mas você entenderá melhor no decorrer da sua leitura. Mas você deve estar se perguntando: Por que não ser o melhor?

O maior erro é associar a competição à uma batalha. Na batalha, praticamente só existe um vencedor. E a vitória é conquistada com a derrota do adversário. No entanto, no mundo dos negócio é possível vencer sem destruir os “inimigos”. Neste caso, a competição passa a focar no atendimento das necessidades e desejos dos clientes, e quem melhor atender a estas necessidades, poderá sair na frente e conquistar uma fatia maior do mercado.

Da mesma forma, também não cabe fazer uma analogia da competição com os esportes, pois em uma modalidade esportiva existem regras predeterminadas e todos competem para ser o melhor, enquanto que nos negócios a realidade é mais complexa e multidimensional, ou seja, não é apenas o meu desempenho que conta, é necessário equalizar a eficiência e eficácia operacional da empresa com às demandas e necessidades do mercado (que podem variar).

Sendo assim, a busca pela criação de valor único e não a derrota dos rivais de mercado, constitui o verdadeiro cerne da competição para os estrategistas.

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