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Oportunidades para o Setor Imobiliário no Crescimento dos Data Centers no Brasil

A revolução digital e o avanço da computação em nuvem e da Inteligência Artificial (IA) estão impulsionando uma demanda massiva por data centers em todo o mundo. Essa tendência não é apenas uma febre passageira, mas uma transformação duradoura que representa oportunidades reais para o setor imobiliário. Para os líderes empresariais no Brasil, esse cenário oferece inúmeras possibilidades de crescimento e inovação. Vamos explorar como essas oportunidades podem ser aplicadas à realidade brasileira.

1. Crescimento Exponencial na Demanda por Data Centers

De acordo com estudos recentes, a demanda global por data centers está prevista para triplicar até o final da década, com a capacidade mundial passando de 60 gigawatts para algo em torno de 170 a 220 gigawatts. No Brasil, essa expansão é impulsionada pela crescente digitalização das empresas, pelo aumento do uso de serviços de nuvem e pelo rápido desenvolvimento da IA. Para o setor imobiliário, isso significa que há uma oportunidade clara para investir na infraestrutura necessária para suportar esse crescimento tecnológico.

Empresas imobiliárias brasileiras podem se beneficiar ao identificar áreas estratégicas para a construção de novos data centers, seja em regiões metropolitanas densas, como São Paulo e Rio de Janeiro, ou em áreas mais remotas com infraestrutura de energia e conectividade suficientes para suportar essa demanda.

2. Diversificação de Atuação no Setor Imobiliário

No Brasil, empresas do setor imobiliário podem aproveitar esse mercado de data centers de diferentes maneiras. Uma das principais estratégias é a compra de terrenos estratégicos que podem ser utilizados para a construção de data centers. Esses terrenos são selecionados com base em sua proximidade com fontes de energia e conexões de rede, garantindo que atendam às necessidades de infraestrutura do cliente final. Outra estratégia é a “bancagem de terrenos”, ou seja, adquirir áreas com potencial de crescimento a longo prazo e ir desenvolvendo a capacidade de construção de data centers conforme a demanda aumenta.

Além disso, as empresas podem se envolver no desenvolvimento parcial dos data centers, vendendo instalações já parcialmente construídas para empresas de tecnologia ou desenvolvedores de data centers. Nesse caso, as imobiliárias brasileiras podem se especializar na construção de estruturas básicas — chamadas de “dark shell” — e deixar a personalização tecnológica para os locatários ou compradores.

3. Oportunidades no Modelo de Co-Location

Outro modelo de negócios que apresenta uma oportunidade promissora é o “co-location”, onde a empresa imobiliária constrói, equipa e aluga um data center completo para empresas de tecnologia ou prestadores de serviços em nuvem. Esse modelo já está ganhando tração no Brasil, especialmente à medida que grandes empresas de tecnologia e provedores de serviços de nuvem, como a AWS e a Google Cloud, continuam a expandir sua presença no país.

No entanto, para entrar no mercado de co-location, as empresas precisam desenvolver parcerias estratégicas com fornecedores de energia, empresas de telecomunicações e especialistas em arquitetura e engenharia, garantindo que possam atender às especificações técnicas exigidas pelos locatários.

4. Superando os Desafios Energéticos no Brasil

Um dos principais desafios para o crescimento de data centers no Brasil é a limitação da capacidade de geração de energia em várias regiões do país. Diferente de mercados globais maduros, onde a infraestrutura de energia já está preparada para grandes instalações, o Brasil enfrenta limitações em várias áreas. Contudo, essa barreira pode se transformar em uma oportunidade.

Empresas que souberem identificar áreas com excesso de energia ou que investirem em parcerias com provedores de energia renovável podem sair na frente. O Brasil, com sua abundância de recursos naturais, como energia solar e eólica, está bem posicionado para explorar essas fontes alternativas para alimentar data centers, o que também ajudaria as empresas a atender às crescentes demandas por práticas sustentáveis.

5. Risco de Obsolescência e a Necessidade de Parcerias Estratégicas

Embora as oportunidades no setor de data centers sejam claras, é essencial que as empresas do setor imobiliário no Brasil considerem o risco de obsolescência tecnológica. A evolução rápida da tecnologia pode exigir atualizações frequentes na infraestrutura, especialmente nos sistemas de resfriamento e fornecimento de energia.

Para mitigar esse risco, é fundamental estabelecer parcerias com empresas especializadas em tecnologia, engenharia e arquitetura, garantindo que os data centers sejam projetados de forma flexível e escalável. Além disso, é preciso garantir que as instalações possam ser atualizadas facilmente, permitindo que acompanhem as exigências crescentes de energia e eficiência tecnológica.

6. Longo Prazo e Sustentabilidade

A vida útil de um data center pode variar de 25 a 30 anos, mas a infraestrutura associada, como sistemas de resfriamento e fontes de energia, pode necessitar de atualizações dentro de 10 a 15 anos. Para os investidores brasileiros, isso significa que os contratos de longo prazo — que estão se tornando mais comuns no mercado, com prazos de locação de até 10 anos — oferecem uma segurança interessante para o investimento inicial.

Além disso, a sustentabilidade será uma peça-chave no futuro do setor. Empresas imobiliárias que investirem em data centers sustentáveis, com baixa emissão de carbono e consumo de energia eficiente, estarão melhor posicionadas para atrair locatários e investidores comprometidos com práticas verdes.

Conclusão: Oportunidades no Brasil

O mercado de data centers no Brasil está apenas começando sua curva de crescimento acelerado. À medida que a digitalização e a IA ganham força no país, as empresas do setor imobiliário têm uma oportunidade única de se posicionarem como parceiras estratégicas no desenvolvimento dessa infraestrutura crítica.

Líderes do setor imobiliário precisam estar atentos a essas oportunidades, desenvolvendo parcerias estratégicas, investindo em terrenos e infraestrutura e, principalmente, alinhando suas estratégias com as demandas tecnológicas e de sustentabilidade. O futuro dos negócios no Brasil estará cada vez mais interligado ao crescimento dos data centers, e aqueles que souberem se adaptar a essa nova realidade colherão os maiores frutos.

Referências

  1. McKinsey & Company. What the real estate industry needs to know about data centers. Disponível em: https://www.mckinsey.com/industries/real-estate/our-insights/what-the-real-estate-industry-needs-to-know-about-data-centers.
  2. PwC. Cenário econômico para o Brasil: 2024 e além. Disponível em: https://www.pwc.com.br/.
  3. Artigo desenvolvido com o apoio da IA ChatGPT.

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