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O Modelo Ideal para o Líder Tomar Decisões

Tomar decisões é uma habilidade fundamental para qualquer líder, independentemente do nível hierárquico ou do tamanho da organização. Desde escolhas simples até decisões complexas que moldam o curso da empresa, a capacidade de tomar decisões assertivas é essencial para o sucesso organizacional. No artigo de hoje, vamos explorar os desafios enfrentados pelos líderes no processo de tomada de decisão e destacar um modelo ideal que visa capacitar o líder a tomar decisões eficazes em colaboração com sua equipe.

🔎 Qual é o melhor caminho a seguir ao tomar decisões: o poder do conhecimento ou o poder da hierarquia?

“Grandes poderes, trazem grandes responsabilidades.” Essa frase icônica de Stan Lee ressoa profundamente no mundo da liderança, especialmente quando se trata de tomar decisões. Na vida corporativa, os líderes frequentemente se veem diante de escolhas cruciais que podem moldar o destino de suas equipes e organizações.

Contudo, em um mundo onde as mudanças ocorrem em uma velocidade vertiginosa, o poder do conhecimento atualizado tem se destacado cada vez mais em relação ao poder da hierarquia. Quanto mais rápido as mudanças em determinado setor, maior é a relevância do conhecimento especializado para orientar as decisões. No entanto, isso não significa que a hierarquia deva ser negligenciada. Na verdade, as melhores decisões são frequentemente tomadas quando combinamos sabiamente o poder do conhecimento com o poder da hierarquia.

💡 O Modelo Ideal para Tomar Decisões

Segundo Andrew S. Grove em seu livro “Gestão de Alta Performance”, o processo de tomada de decisões ideal segue três etapas fundamentais.

Fonte: Adaptado do livro Gestão de Alta Performance (Andrew Grove).
  1. Discussão Livre 💬

A discussão livre é uma etapa necessária do processo de tomada de decisão eficaz. Nesse contexto, ela se refere à prática de permitir que todos os membros da equipe expressem seus pontos de vista, ideias e preocupações de forma aberta e sem restrições. Durante essa fase, é fundamental que todos se sintam encorajados a contribuir com suas perspectivas, independentemente do cargo hierárquico ou posição na organização.

A discussão livre promove um ambiente inclusivo onde todos são ouvidos e valorizados. Isso permite que a equipe explore uma variedade de opções, avalie diferentes cenários e pondere os prós e contras de cada alternativa. Além disso, a troca livre de ideias durante a discussão pode levar a insights inovadores e soluções criativas para os desafios enfrentados.

Ao incentivar uma discussão livre, os líderes demonstram um compromisso com a transparência, a colaboração e o respeito mútuo. Essa abordagem não apenas fortalece o senso de pertencimento e engajamento da equipe, mas também aumenta a probabilidade de que a decisão final seja bem informada e aceita por todos os envolvidos. Em última análise, a discussão livre é um catalisador para a tomada de decisões mais sólidas e orientadas para o sucesso organizacional.

2. Decisão clara 🎯

A decisão clara é outra etapa fundamental do processo de tomada de decisão eficaz. Refere-se à definição precisa e inequívoca dos termos da decisão que está sendo tomada. Isso significa que todos os envolvidos devem ter uma compreensão clara do que está sendo decidido, qual é o objetivo final e quais são os critérios de sucesso ou os resultados desejados.

Ao estabelecer uma decisão clara, os líderes precisam garantir que todos os aspectos relevantes tenham sido considerados e que não haja ambiguidade sobre o curso de ação a ser seguido. Isso inclui identificar os problemas ou oportunidades que estão sendo abordados, definir os objetivos a serem alcançados e estabelecer os parâmetros ou limites para a decisão.

Uma decisão clara serve como um guia para a implementação bem-sucedida da decisão, pois fornece uma direção clara e específica para todos os envolvidos. Isso ajuda a evitar mal-entendidos, conflitos e retrabalho, pois cada pessoa sabe exatamente o que é esperado e como contribuir para alcançar os resultados desejados.

Além disso, uma decisão clara facilita a avaliação posterior do sucesso ou fracasso da decisão, pois os critérios de medição são definidos antecipadamente. Isso permite que a equipe avalie o impacto da decisão e faça ajustes conforme necessário para otimizar os resultados.

3. Total apoio 👍🏻

O total apoio refere-se à necessidade de garantir que todas as partes interessadas envolvidas no processo de tomada de decisão estejam comprometidas e apoiem a decisão tomada. Isso envolve não apenas os membros da equipe diretamente envolvidos na decisão, mas também outras partes interessadas relevantes dentro e fora da organização.

Para que uma decisão seja eficaz e bem-sucedida, é crucial que todos os indivíduos afetados pela decisão estejam alinhados e comprometidos com seu sucesso. Isso significa que eles não apenas concordam com a decisão tomada, mas também estão dispostos a apoiá-la ativamente e contribuir para sua implementação.

O total apoio pode assumir várias formas, desde o comprometimento pessoal dos membros da equipe até o suporte organizacional mais amplo. Isso pode incluir a alocação de recursos necessários, a remoção de obstáculos à implementação e o fornecimento de orientação e suporte contínuos ao longo do processo.

Uma decisão que não recebe o total apoio das partes interessadas relevantes enfrenta um risco significativo de resistência, conflito e falha na implementação. Mesmo que a decisão em si seja sólida e bem fundamentada, a falta de apoio pode minar seus esforços e comprometer seu sucesso a longo prazo.

🚨 Os Desafios do Processo Decisório

Em situações controversas, é comum que as pessoas evitem decisões definitivas para evitar conflitos ou descontentamento. No entanto, essa hesitação pode resultar em uma busca interminável pelo consenso, o que, por sua vez, pode ser improdutivo e prejudicial para o processo decisório. Nesse contexto, o líder pode exercer o poder da hierarquia e bater o martelo, desde que todas as etapas de discussão livre tenham sido devidamente realizadas.

Na média gestão, os desafios incluem a dificuldade em defender suas opiniões, tomar decisões desagradáveis ou apoiar ideias com as quais discordam. É nesse ponto que o líder pode assumir um papel mentor, conduzindo as discussões de forma a garantir um equilíbrio adequado entre o poder do conhecimento e o poder da hierarquia.

E ainda existem outros desafios provocados por 03 medos comuns:

  • Medo de parecer incompetente: Este medo surge do receio de que a decisão tomada possa ser percebida como inadequada ou errada, refletindo negativamente na imagem do líder perante seus colegas, superiores ou subordinados. Os líderes podem hesitar em fazer perguntas e tomar decisões arriscadas ou desafiadoras por medo de serem julgados como incapazes ou incompetentes. Esse medo pode levar à procrastinação na tomada de decisões ou à escolha de opções seguras, mas menos eficazes.
  • Medo de ser voto vencido: Esse medo surge quando temos uma opinião ou perspectiva diferente da maioria do grupo ou da equipe. O receio de ser voto vencido levar os líderes a se absterem de expressar suas opiniões verdadeiras ou a cederem às opiniões da maioria, mesmo que discordem delas. Esse comportamento pode resultar em decisões subótimas, pois as contribuições valiosas do líder são suprimidas em favor da conformidade com o grupo.
  • Medo de retaliações ou ser demitido: Esse medo está relacionado à preocupação com as possíveis consequências negativas que uma decisão impopular ou controversa pode acarretar, como retaliações por parte dos colegas, superiores ou subordinados, ou até mesmo a perda do emprego. Os líderes podem evitar tomar decisões que possam gerar conflitos ou descontentamento, mesmo que sejam no melhor interesse da organização, por medo de enfrentar consequências pessoais ou profissionais negativas. Esse medo pode resultar em uma cultura de aversão ao risco e conformidade, prejudicando a inovação e o progresso organizacional.

É importante que os líderes reconheçam e abordem esses medos de forma proativa, criando um ambiente psicologicamente seguro onde todos se sintam encorajados a contribuir com suas ideias e opiniões, e onde a tomada de decisões baseada em evidências e no melhor interesse da organização seja valorizada e incentivada.

🚀 Em Busca do Resultado

Definir claramente as expectativas desde o início, identificar quem está envolvido na tomada de decisões e garantir que todas as partes interessadas sejam consultadas são passos fundamentais para garantir um resultado de alta qualidade dentro do prazo estabelecido.

Em resumo, ao combinar o poder do conhecimento com o poder da hierarquia, os líderes podem enfrentar os desafios da tomada de decisões com confiança e determinação. Promovendo uma discussão aberta, definindo claramente os objetivos e obtendo o apoio das partes interessadas, é possível tomar decisões assertivas que impulsionem o sucesso de suas equipes e organizações.

Neste ponto, Andrew Grove, ex-CEO da Intel, destaca a importância de os gestores responderem antecipadamente a seis perguntas essenciais para orientar o processo de tomada de decisões. Aqui estão elas:

Qual decisão precisa ser tomada? – É fundamental identificar claramente qual é o problema ou a questão que requer uma decisão. Definir com precisão o escopo da decisão ajuda a concentrar os esforços na busca da melhor solução.

Quando ela precisa ser tomada? – Estabelecer um prazo para a tomada de decisão é crucial para garantir que o processo não se estenda indefinidamente. Conhecer o tempo disponível ajuda a priorizar e planejar adequadamente as etapas necessárias para chegar a uma decisão.

Quem vai decidir? – Identificar claramente quem é responsável por tomar a decisão é essencial para garantir a accountability e a clareza de responsabilidades. Isso evita a diluição da responsabilidade e ajuda a agilizar o processo decisório.

Quem precisará ser consultado antes da decisão? – Considerar as partes interessadas relevantes e consultar especialistas ou indivíduos com conhecimento específico sobre o assunto pode enriquecer o processo decisório e garantir uma tomada de decisão informada e bem fundamentada.

Quem aprovará ou vetará a decisão? – Identificar as pessoas ou órgãos responsáveis por aprovar ou vetar a decisão é fundamental para garantir que ela seja implementada de forma eficaz e em conformidade com as políticas e diretrizes organizacionais.

Quem precisará saber da decisão? – Comunicar claramente a decisão e seus impactos às partes interessadas relevantes é essencial para garantir a sua eficácia e aceitação. Isso promove a transparência e a confiança dentro da organização, além de permitir que as pessoas se preparem e ajam de acordo com a decisão tomada.

Responder a essas seis perguntas com antecedência ajuda a estabelecer uma estrutura clara e organizada para o processo decisório, garantindo que as decisões sejam tomadas de forma eficiente, transparente e com o envolvimento das partes interessadas relevantes.


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Te vejo em breve no próximo artigo!

Abraços!

Paulo Imbuzeiro, DsC., MsC.

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